domingo, 1 de maio de 2011

Até que enfim....


Demorou, mas terror do nordeste está de volta a uma final de campeonato. Foram cinco anos de pura amargura, sofrimento e muitas lágrimas. Éramos tratados como coadjuvastes nesse campeonato, como apenas um time que buscava o mísero terceiro lugar, porque os dois primeiros seriam do favorito Sport Recife e do Clube Naútico Capibaribe. Esse primeiro que com ajuda do clube dos treze e algumas coisas a mais, possui o elenco com maior folha salarial, e com isso tem ou pelo ao menos se achava que tinha a obrigação de ganhar o Hexa-campeonato. Mas o futebol é um esporte de surpresas, que junto com a garra e superação faz dele ainda mais gracioso.
Eu ainda me lembro da inter-temporada que o santa fazia em Chã-Grande, com jogadores totalmente desconhecidos, a não ser os guerreiros da base, que demoraram muito pra se destacar e conseguir uma vaga no time titular, para eles foram muitos anos de treinamentos e de jogos, atuando mesmo que ainda de uma forma não muito convincente. Quem se lembra de Thiago Cardoso sofrendo, como dizemos na gíria do futebol, um gol frangueiro ? Quem não se lembra da promessa Mário Lúcio, que já estava sendo tratado com o craque do time, mas que depois foi deixando a desejar, e muito.
O Santa Cruz, eu costumo pensar que é feito do povo para o povo. Um exemplo, é termos jogadores como Gilberto, vindo do interior de Alagoas, Everton sena, ou como foi apelidado ´´o carrapato do arruda´´, (não tem como esquecer a marcação dele em cima do jogador mais caro do Brasil, o Lucas) . Renatinho ´´o de menor``, Memo o Memorável, (Emerson é seu nome verdadeiro), todos jogadores da base do Santa Cruz, garotos humildes assim como sua torcida.
Esse ano, foi o ano até agora de superação e de quebra de tabus, aliás, não há frase mais verdadeira do que essa que vem a seguir, ´´tabú foi feito para ser quebrado``. Foram duas vitórias em cima do nosso maior rival, o Sport,que desde de 2006 não saiamos comemorando, jogando contra eles. Tal rival que foi apelidado por tricolores e alvirrubros carinhosamente de ´´O boi``, apelido esse que foi até aceito pelos rubronegros. Quanto a essa história deixamos de lado e voltemos ao assunto.
2011 foi o ano da reviravolta, ganhamos dois clássicos, ficamos do G4 do inicio até o fim da competição, ganhamos do São Paulo,vamos decidir a final em casa e ainda podendo assistir de camarote a briga dos outros semi-finalistas, que disputam entre si o tão querido Hexa.
Não poderia me esquecer de ressaltar o ´´Time de Guerreiros`` chamados assim por serem humildes, mas valentes, que junto com o estrategista e técnico Zé Teodoro, estão literalmente derrubando os gigantes que aparecem pela frente. Como esquecer da partida mais emocionante até agora do mais querido nesse ano, Santa cruz 1 x 0 São Paulo, o jogo que até as tiradas de bola eram comemoradas como se fosse gols. Aquele jogo guardarei em minha memória eternamente, pelo fato de existir grandes diferenças entre os dois times, diferenças essas que não foram temidas e nem muito menos valeram naquele jogo. Agora é só esperar com todo respeito o vice-campeão sair, para podermos comemorar mas um ano de glórias do tricolor,que voltará ao seu passado de glórias, como diria o maior compositor pernambucano e tricolor, Capiba.
Saudações Corais...

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