quarta-feira, 1 de junho de 2011

Baú Alvinegro : A maior excursão da história

O ABC se destacou como o clube Brasileiro com maior tempo de permanência fora do País (mais de 100 dias), jogando em gramados da Ásia, África e Europa.

Ser decacampeão não é o único motivo de orgulho dos ABCdistas na vasta e gloriosa história do time. Em 1973, a equipe bateu outro recorde, até hoje inigualável e digno de presença no Guinnes Book. Durante 108 dias, o time excursionou pela Europa, Ásia e África, se transformando no clube de futebol a permanecer maior tempo fora do Brasil, um feito que entrou para história do esporte nacional. A delegação alvinegra deixou Natal em 17 de agosto e retornou no dia 6 de dezembro do mesmo ano (112 dias com viagens aéreas e terrestres).

O motivo da viagem não foi dos mais nobres – a equipe havia sido suspensa por dois anos, pela então CBD (Confederação Brasileira de Desporto) hoje CBF, por ter utilizado dois jogadores irregulares – Rildo e Marcílio – em um jogo contra o Botafogo-RJ, pelo Brasileiro de 1972. Os resultados obtidos durante a excursão, no entanto, se tornaram um orgulho para os torcedores, dirigentes e jogadores do "Mais Querido". Em 24 partidas contra times e seleções dos três continentes, o Alvinegro conseguiu sete vitórias, 12 empates e apenas cinco derrotas. Foram 30 gols a favor e 21 contra.

Após um início irregular, o time engrenou e conseguiu ficar invicto nos 14 últimos jogos da série. Seleções como a da Romênia, Somália, Etiópia e Líbano sofreram nos pés de craques como Sabará, Maranhão, Alberi, Danilo Menezes e Jorge Demolidor. A maior goleada da excursão foi sobre a seleção Etíope de Novos, pelo placar de 6 a 2.

Da viagem participaram os goleiros Veludo, Erivan, Floriano e os jogadores Sabará, Edson, Telino, Walter Cardoso, Anchieta, Wagner, Soares, Baltazar, Valdecy Santana, Maranhão, Libânio, Alberi, Morais, Danilo Menezes e Jorge Demolidor, este tornando o artilheiro, balançando as redes adversárias 10 vezes.

A jornada marcou o grande momento da internacionalização do ABC Futebol Clube, assim como do reconhecimento da qualidade da equipe, então coroada com o tetra-campeonato estadual (1970, 1971, 1972 e 1973).

A delegação era chefiada por Jácio Fiúza e formada ainda pelo técnico Danilo Alvim, o supervisor José Prudêncio Sobrinho, o médico Sérgio Lamartine, o fisicultor Sebastião Cunha, o massagista Zózimo Nascimento e o jornalista Celso Martinelli, da Rádio Cabugi, que gravava os jogos, reproduzidos depois em Natal para os torcedores saudosos da equipe no outro lado do Atlântico.

A excursão foi promovida graças à amizade do então presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol, João Machado, com o todo poderoso da CBD na época, João Havelange.

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